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Resumo do livro "O clique de 1 bilhão de dólares"

História de sucesso de um brasileiro que conseguiu chegar à liderança de uma das mais inovadoras empresas de tecnologia do mundo


O Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos, é uma febre mundial desde seu lançamento em 2010, ainda em versão exclusivamente para iPhone. Comprado pelo Facebook em 2012 pela estonteante quantia de 1 bilhão de dólares, hoje em dia mobiliza mais de 300 milhões de usuários. O que poucos sabem é que Mike Krieger, um de seus fundadores, é brasileiro, nascido em São Paulo. Ele se tornou milionário aos 26 anos, depois de oito nos Estados Unidos.


No livro O clique de 1 bilhão de dólares , o jornalista Filipe Vilicic conta como Michel virou Mike, e traz à luz os detalhes da surpreendente negociação de Kevin Systrom (principal acionista do Instagram) com Mark Zuckerberg, durante a Semana Santa de 2012. Como pano de fundo, ele descreve com precisão o ambiente competitivo, frenético e machista do Vale do Silício, região nas imediações de São Francisco que concentra as mais conhecidas empresas de tecnologia como o Google, o Facebook e o Twitter, e é habitada por personagens excêntricos.


Mike Krieger, o jovem de hábitos simples, eternamente vestido com camisas xadrez, viveu uma nova versão do sonho americano: uma meteórica história de sucesso depois de criar um produto apaixonante. Foi chamado repetidas vezes de “gênio”, teve sua foto em dezenas de capas de revista e começou a aparecer em festas badaladas ao lado de celebridades e multimilionários. Em cinco anos, consolidou-se como uma figura poderosa da indústria da tecnologia mundial.



Alguns pontos de inflexão que nos fazem raciocinar diferente em relação ao dia a dia:


Velocidade: a tecnologia e a internet aumentaram a velocidade com que as coisas acontecem para as empresas e para as pessoas. Na primeira semana, o Instagram já tinha 100 mil usuários. Em pouco tempo, alcançou o seu primeiro milhão de downloads. Depois da primeira rodada de investimentos, ainda na fase pré-lançamento do app, Kevin e Mike mudaram o nome e o foco do Instagram, em uma “pivotada” relâmpago que pegou muita gente de surpresa. E antes de conseguirem arrecadar o seu primeiro dólar e nem saber como iam rentabilizar o app, ele já estava vendido. Neste mundo da tecnologia, as empresas crescem e desaparecem da noite para o dia.


Febre das Start-ups: em um mercado em que as barreiras de entrada quase não existem e o capital é abundante e ávido em descobrir a nova bola da vez, é natural que muita gente esteja disposta arriscar a sorte. Grande parte destes empreendedores e investidores de ocasião quer montar algo que possa chamar a atenção de alguém maior, vender a empresa por um bom preço e nada mais. Uma espécie de corrida do ouro, onde quem chegar primeiro, leva.


Teoria do Breakpoint: o livro resgata um conceito interessante da teoria de redes, o breakpoint, ou o ponto onde a quantidade de conexões de uma determinada rede passa a ser incontrolável e a rede quebra ou começa a deteriorar-se. É o que acontece também no mundo das redes sociais, onde a quantidade de usuários e o fluxo de informações são os principais ativos.

Alem dos três elementos destacados nos parágrafos anteriores, a historia instantânea do Instagram também é rica em componentes mais tradicionais de histórias de empreendedorismo, ingredientes importantes para o sucesso de qualquer empreendimento:


Ambiente: Kevin e Mike se conheceram em Stanford, onde os dois fizeram faculdade e, apesar de terem dois anos de diferença e fazerem cursos diferentes, participaram no Mayfield Fellows, um programa onde os melhores alunos de cada ano eram escolhidos para uma formação de quatro meses com foco em inovação e aulas de diversas especialidades. Nesta etapa, sem dúvida desenvolveram ainda mais sua cognição empreendedora. Os dois saíram de Stanford (Mike ainda fez um MBA) e foram trabalhar diretamente no Vale do Silício, onde as coisas realmente acontecem para os empreendedores de tecnologia. De Stanford ao Vale do Silício, respiravam empreendedorismo 24 horas por dia e montaram uma rede de contatos imbatível para quem quer empreender.


Equipe: o Instagram foi fundado por um empreendedor vendedor (Kevin S, o americano) e um empreendedor-técnico (Mike Kruger, o brasileiro). Os dois tinham boas doses do chamado MDC (mínimo denominador comum) dos empreendedores: garra, coragem e otimismo. Mas, tinham perfis diferentes, que se complementaram na formação de um time super eficiente para a empreitada. O primeiro concebeu a ideia inicial e, via seus contatos, conseguiu levantar o capital com o primeiros investidores do aplicativo. O segundo, tornou tudo realidade e tinha a capacidade técnica e expertise suficiente para colocar o app no ar e garantir sua performance. Além disso, cuidou do design do aplicativo. Nenhum dos dois conseguiria fazer o que fizeram se estivessem sozinhos. Suas habilidades complementares foram fundamentais para o sucesso do Instagram.


Timing: além da competência da dupla fundadora, o Instagram era o aplicativo certo na hora certa. Foi criado em um momento de transição das aplicações web para mobile. Quando ninguém ainda tinha conseguido emplacar no novo canal. Os dois colegas de Stanford souberam alavancar no ponto frágil do Facebook até aquele momento. Se tivessem lançado o mesmo aplicativo 1 ano depois, provavelmente não teriam tido o mesmo impacto para os usuários e para o mercado.


I've always been into taking my photos, cropping them square, putting them through a filter in Photoshop. - KS


O livro foi publicado em 2015 e deixava muitas dúvidas em relação ao futuro do Instagram após a aquisição do Facebook (que ocorreu em 2011). Depois disso a rede só cresceu e continua figurando como um dos principais aplicativos de redes sociais do mundo. Mike e Kevin deixaram o Instagram e o Facebook, por desavenças com Mark Zuckerberg em relação a privacidade dos usuários.

Eu tive o prazer de conhecer o Mike em um evento da Bay Brazil no Vale do Silício e pude perceber como o tema PRIVACIDADE é importante para ele.


Não sabemos como seguirá a história do aplicativo e dos fundadores, mas o Instagram é um caso inegável de sucesso e um exemplo de como o Facebook tem conseguido superar o breakpoint e continuar crescendo, alavancado-se em soluções adquiridas de terceiros. A rede social ainda está longe da capacidade de outros gigantes da indústria como Google, Apple e Amazon, mas segue inovando e atualmente (2020) segue sofrendo a pressão realizada pela rápida ascensão do aplicativo chinês TikTok.


Números impressionantes do Instagram


Sobre o autor: Filipe Vilicic é jornalista, colaborador de mídias como Piauí, Época e UOL. É autor de quatro livros, sendo O clique de 1 bilhão de dólares seu terceiro. Por dez anos foi editor de Tecnologia, Vida Digital, Ciência e Ambiente da revista e do site de Veja, onde também manteve um blog e vlogs. Antes passou pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelas revistas Veja São Paulo e Playboy. Viaja com frequência ao Vale do Silício e a diversos outros polos de inovação.


Você pode comprar o livro O clique de 1 bilhão de dólares neste link.

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